Che Guevara: presidente de honra da UBES

Durante as pesquisas do Projeto Memória da entidade "Sempre Jovem e Sexagenária", foram encontrados documentos em que Che aparece como presidente de honra da UBES

Veja nesse link os documentos que comprovam: http://www.une.org.br/home3/movimento_estudantil/movimento_estudantil_2008/img/25_05_presidenteche_zip.zip

Gritos de ordem, manifestações, mortes e repressão. A década de 60 foi caracterizada pela busca desenfreada de ideais. A força em prática de uma ideia. Paixões políticas e ideais de vida ou morte efervesciam na alma dos estudantes no mundo inteiro. As entidades estudantis viviam sob embate contra as repressões.

Em 1967, estudantes de todo o país se reuniram em Belo Horizonte para escolher a nova diretoria da UBES. O Congresso ocorreu na clandestindade, pois, as entidades estudantis não eram reconhecidas pelo governo durante a ditadura militar. No evento, Che Guevara foi eleito presidente de honra da UBES e Tibério Canuto, presidente eleito.

O Congresso, que não acontecia desde 1964, abriu espaço para que outros encontros viessem ainda na ditadura. Nas décadas de 50 e 60, Ernesto Guevara de la Sierna, mais conhecido por Che Guevara foi um dos mais famosos revolucionários comunistas da história.

Che já havia sido homenageado no Brasil, em 1963, pelo presidente João Goulart. Este foi um dos argumentos usados pelos militares para "combater o comunismo", que desencadeou o golpe militar em 64.

Nestes 60 anos de história o único presidente de honra da UBES é o líder revolucionário, isso significa que é um símbolo da entidade. "Che é a representação do que é a UBES, do que pensa a UBES", disse Raisa Marques, coordenadora de projetos de memória da entidade.

A entidade está organizando seu Projeto de Memórias e os documentos e histórias encontradas serão publicadas em um livro que será lançado no final deste ano.

"A história da UBES ainda é muito obscura, tanto é que esse fato só foi descoberto agora, 42 anos depois. É o primeiro passo para registrar os personagens secundaristas que marcaram a história no Brasil. Temos muito o que contar, o livro vai registrar várias histórias como essa", adianta Raisa.

De Recife: Marivaldo Leandro

Fonte: http://www.ubes.org.br/
 
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