Presidente Eleito da UNE responde aos ataques da mídia

Augusto Chagas, Presidente eleito da UNE (União Nacional dos Estudantes), responde os ataques da grande mídia conservadora e lança desafio:

O tratamento dispensado por parte da chamada grande mídia às organizações do movimento social no Brasil sempre foi o da desqualificação, criminalização e combate aberto. Com a UNE a situação não é diferente, mas houve, no último período, uma elevação no tom maldoso e até inescrupuloso com o qual esses veículos têm tratado a entidade que representa os estudantes universitários brasileiros.

A UNE acaba de sair do seu 51º Congresso, um dos mais importantes e o mais representativo da sua história. Mais de 2300 instituições de ensino superior elegeram representantes a este fórum, contabilizando as impressionantes marcas de 92% das instituições envolvidas, mais de 2 milhões de votos nas eleições de base e de 4 milhões e meio de universitários representados.

Nosso Congresso mobilizou estudantes de todo o país, que por cinco dias debateram o futuro do Brasil – a Popularização da Universidade, Reforma Política, Democratização da Mídia, Defesa do Pré-Sal, etc. Se a imprensa brasileira trabalhasse a favor da democracia, esses assuntos seriam manchete em todos os jornais, rádios e canais de televisão e a disposição da juventude em lutar por um país melhor seria divulgada.

No entanto, estes veículos nos dedicaram tratamento bem diferente nestas duas últimas semanas. Cumprindo com fidelidade o ensimanento de Goebbels – uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade – a mídia escandalosamente busca subterfúgios para atacar a UNE, taxando-a de governista, vendida, aparelhada e desvirtuada de seus objetivos. Com isso, tenta impor a todos os seus pontos de vista, sem qualquer mediação ou abertura para apresentar o outro lado da notícia.

Uma destas grosserias tem a ver com o recebimento de patrocínios de empresas públicas por parte da entidade. A UNE nunca recebeu recurso público para aplicá-lo no que bem entendesse. Recebe sim, e isto não se configura em nenhuma irregularidade, apoio para a construção de nossos encontros. Tampouco, estas parcerias comprometeram as posições políticas da entidade. Não nos impediu, por exemplo, de desenvolver uma ampla campanha – com cartazes, debates, passeatas e pronunciamentos – exigindo a demissão de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central, que foi indicado por este mesmo governo. Não nos furtamos de apresentar nossas críticas ao MEC por sua conivência ao setor privado da educação, como no caso do boicote que convocamos ao ENADE por dois anos consecutivos.

Mas, onde estavam os jornais, as TV’s, rádios e revistas para noticiar essas manifestações? Reunimos, em julho de 2007, mais de 20 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios para pedir mudanças na política econômica do governo Lula e nenhuma nota foi publicada ou divulgada sobre isso.

Os mesmos jornais que se horrorizam com o fato de termos recebido recursos para reunir 10 mil estudantes de todo o Brasil não parecem incomodados em receberem, eles próprios, um montante considerável de verbas publicitárias do governo federal. Em 2008, as verbas públicas destinadas para as emissoras de televisão foram de R$ 641 milhões, já os jornais receberam quase R$ 135 milhões.

Ora, por qual razão os patrocínios recebidos pela UNE corrompem nossas ideias enquanto todo este recurso em nada arranha a independência destes veículos? A UNE desafia cada um deles: declarem que de hoje em diante não aceitam um centavo em dinheiro público e faremos o mesmo! De nossa parte temos a certeza que seguiremos nossa trajetória!

Com certeza não teremos resposta. Pois não é esta a questão principal. O que os incomoda e o que eles querem ocultar é a discussão sobre o futuro do Brasil e a opinião dos estudantes.

Não querem lembrar que durante a década de 90 os estudantes brasileiros – em jornadas ao lado das Centrais Sindicais, do MST e de outros movimentos sociais - saíram às ruas para denunciar as privatizações, o ataque ao direito dos trabalhadores e a ausência de políticas sociais. Que foram essas manifestações que impediram o governo Fernando Henrique Cardoso de privatizar as universidades públicas através da cobrança de mensalidades.

Não reconhecem que após a eleição do presidente Lula, a UNE manteve e ampliou suas reivindicações. Resultado delas, conquistamos a duplicação das vagas nas universidades públicas, o PROUNI e a inédita rubrica nacional para assistência estudantil, iniciando o enfrentamento ao modelo elitista de universidade predominante no Brasil. Insinuam que a UNE abriu mão de suas bandeiras históricas, mas esquecem que não há bandeira mais importante para a tradição da UNE do que a defesa de uma universidade que esteja a serviço do Brasil e da maioria do nosso povo!

Não se conformam com a democracia, com o fato de termos um governo oriundo dos movimentos sociais e que, por esta trajetória, está aberto a ouvir as reivindicações da sociedade.

A UNE não mudou de postura, o que mudou foi o governo e o Brasil e é isso que os conservadores e a mídia que está a serviço desses setores não admitem. Insistem em dizer que a UNE nasceu para ser ‘do contra’. Rude mentira que em nada nos desviará de nossa missão!

Saibam que estamos preparados para mais editoriais, artigos, comentários e tendenciosas ‘notícias’. Contra suas pretenções de uma sociedade apática, acrítica e sem poder de contestar os rumos que querem impor ao nosso país, eles enfrentarão a iniciativa criativa e mobilizadora dos estudantes na defesa de um novo Brasil. Há de chegar o dia em que teremos uma comunicação mais justa e equilibrada. A UNE e sua nova diretoria está aqui, firme e a disposição do verdadeiro debate de rumos para o Brasil!



Augusto Chagas
Presidente eleito da UNE
* Artigo originalmente publicado no site da revista Carta Capital


De Recife,

Tiago Oliveira, com informações de Estudantenet.

UBES convoca 12° CONEG

Junto com o 12º CONEG da UBES acontece o 1º Encontro Latino Americano de Estudantes Secundaristas.

No ultimo dia 30 de junho, em reunião da executiva da UBES, a direção da entidade convocou o 12º Conselho Nacional de Entidades Gerais, concomitante, ocorre o 1º Encontro Latino Americano de Estudantes Secundaristas, os eventos acontecerão no Rio de Janeiro em 05, 06 e 07 de Setembro.

Na reunião da diretoria executiva foi aprovado a comissão de programação para o CONEG e o Encontro , logo estará disponível no EstudanteNet a programação. Do evento. Diversos temas foram tratados na reunião, entre eles: A Petrobras e a importância das empresas estatais, a defesa do investimento do Pré-sal na Educação, além das defesas da soberania nacional e do patrimônio público.

Foi aprovado também um texto da entidade sobre o “fim do vestibular”, discutindo o acesso a universidade e ressaltando políticas públicas e metas para 1ª Conferência Nacional de Educação. Segundo texto da carta: "a proposta de substituir o tradicional vestibular pelo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem o grande mérito de suscitar o debate na sociedade, apontando para a necessidade de mudar o atual quadro educacional". Leia a Carta na íntegra.

A política de acesso a universidade entre outros temas estarão em pauta no 12º CONEG que será realizado no inicio de setembro.

Fique por dentro da Conferência de Comunicação em PE

A Comissão Pró-Conferência de Comunicação de Pernambuco voltou a se reunir na última segunda-feira (6), na sede do Sintepe, para deliberar sobre os encaminhamentos da convocação da etapa estadual, após ter conseguido audiência com o secretário da Casa Civil, Ricardo Leitão. Na semana anterior, o secretário solicitou da Comissão minuta do decreto a ser publicado pelo governador Eduardo Campos, bem como proposta de orçamento, assumindo assim o compromisso com a realização da Conferência em Pernambuco.
Na reunião, foram dados os informes sobre os contatos mantidos com integrantes da Comissão Organizadora Nacional, cuja orientação é a de aguardar que o Ministério das Comunicações comunique oficialmente os governadores sobre os procedimentos da convocação das etapas da Conferência nos estados. O regimento interno da Conferência, ainda em fase de elaboração, conterá as regras sobre a organização do processo, o papel de cada etapa, o fluxo das discussões e os métodos de eleição de delegados.

Entretanto, em razão da demora no envio deste comunicado e na divulgação do regimento da Conferência pelo Ministério, os representantes dos movimentos sociais presentes à reunião no Sintepe decidiram pelo envio de um documento ao secretário com alguns indicativos que devem nortear a realização da etapa pernambucana.

A proposta consiste nos seguintes itens:

- A etapa estadual deverá ter, no mínimo, 500 delegados, observando a necessária representação tanto da Região Metropolitana quanto do interior do Estado, e com a garantia de ampla participação social, incluindo as entidades representativas de defesa dos direitos humanos e das questões racial e de gênero;

- Na composição da Comissão Organizadora Estadual, a ser constituída pelo governo, deve estar garantida a participação da sociedade civil, cujos representantes devem passar pela aprovação da Comissão Pró-Conferência de Comunicação de Pernambuco;

- O governo do Estado deverá contribuir com a realização de etapas preparatórias regionais, que antecedam a Conferência Estadual, tendo em vista a necessidade de ampliar o debate com a sociedade.

O orçamento contendo os custos básicos para a realização da Etapa estadual, solicitado pelo secretário Ricardo Leitão, totaliza o valor de R$ 116.707,00, sem incluir despesas de divulgação e transporte dos delegados. A proposta cobre as despesas de um evento de 3 dias, tomando como base o número de 500 pessoas.

Na reunião, também foi tirado um indicativo de datas para a realização das etapas preparatórias e da estadual em Pernambuco, que precisou ser alterado diante da divulgação da agenda oficial da Conferência. A agenda está estabelecida da seguinte maneira:

· De 1/7 a 31/8 - Conferências Municipais
· De 1/9 a 31/10 -Conferências Estaduais
· De 1/11/09 a 1/12/09 - Entrega dos relatórios estaduais e confecção dos cadernos da 1ª Confecom
· Dias 1, 2 e 3/12/09 - Conferência Nacional em Brasília
· Fevereiro de 2010 - Publicação dos relatórios e resultados da 1ª Confecom


Além do debate sobre o teor do documento, foram passados informes sobre um seminário que acontecerá na UNICAP, no dia 19 de agosto, para o debate sobre a Democratização da Comunicação. A representante da Delegacia Regional do MINC também confirmou a realização do encontro Comunicação para a Cultura, que acontecerá entre os dias 20 e 23 de agosto, no Recife.

Uma nova reunião da Comissão está programada para segunda-feira, dia 13 de julho, às 14 horas, na sede do Sintepe.
 
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